3.28.2010

Quem é você?

Prestes a cair de um desfiladeiro imaginou por um instante como seria pisar nas nuvens, enquanto seus pés sentiam a aproximação do perigo seu corpo cedeu e suas mãos congelaram. Foi assim que ele caiu em si.

E é assim que muitos caem, alguns percorrem um caminho mais curto, sem muitas aventuras, sem muitas delongas, mas isso não quer dizer que vai doer menos, que vai ou não ser mais emocionante, porque a intensidade é sempre a mesma. O tempo é igual para todos.

Alguns gostam de colecionar estórias, cem ou duzentas delas não importa, no final o que resta é apenas o desfecho. Quem viveu, o que viveu, se sobreviveu, como caracterizou cada personagem, como maquiou seus atos e seu coração...E o meu céu sempre foi mais azul do que o seu.

Ela foi um retrato de alguém metricamente construido na natureza de seus devaneios.


Blesses

3.25.2010

Qual era o plano mesmo?

Ele correu, devia ter uns 7 anos que não pisava os pés lá.

Sobreveio uma vontade louca de voltar, por qualquer rua, qualquer avenida vazia ou tomada pelo caos. Não há preço que pague um reencontro, não há escolhas se você vive em pequenos caminhos que se separam. Questionei sobre suas respostas na última semana de março,e encontrei o mesmo silêncio entristecido dos dias frios.
Bem vindo à vida! ...e ela tropeça nos próprios sapatos.
Uma xícara, duas talvez, próximo das nove horas pra acordar e para ajudá-la a manter-se no centro entre o que parecia ter sido real e o que estava no seu sonho na noite anterior.


Um menino corria atrás de alguém!...Obrigada, não imaginaria um final melhor.



Blesses

3.15.2010

195º Carta

A constatação...

É clara, real, às vezes dura demais, mas necessária. Algumas vezes fugimos e em alguma esquina a encontramos de novo, tiramos a poeira de cima e lá está ela, o detalhe, o espaço, o desfecho do que nossos olhos se recusam a ver.
Sofia seguia confiante de suas pretenções, se sentia dona de seus mistérios, seus desejos...dona de um dicionário infinito, significados e explicações nunca lhe faltaram, porém o essencial não estava nos livros, estava na vontade com à qual os devorava por completo.
Da mesma forma, a beleza não mora no amor e sim na forma que nos doamos à ele. O ímpar é sempre o sinal de um egoísmo solitário, de quem nunca soube ser pár.



... e no final ela queimou às cartas que escreveu durante os últimos 4 anos, e assoprou contra o vento.


Blesses