À Bel....

Tão quente...

..Que todos os silêncios se quebram neste dia,
que até os discrentes se entregam em melodias,
e o que era morto se torna viril,
o que não tinha graça provoca arrepios,
começam na espinha e se espalham pela pele,
de tão calor eu me visto de Lua...
Ouço os sons das fogueiras, estalando,
e o cheirinho de madeira, provocando,
O fogo queima a dor, e olha tanta alegria!!!
Celebro os tempos de Beltane...Dançando!

Ps.**Não existe mais lírios no meu jardim, só lindas rosas vermelhas!


Blesses à todos!

Farpas e pedras

As formas são as mesmas...e quando o final ameaça chegar eu ouço os sons do meu verão, que ainda é primavera. São as mesmas atitudes de quando eu tinha medo, as mesmas nuances do meu sincero pensamento de boa-vindas, as mesmas tristezas que senti naquele adeus...
Eu imaginava um dia que a sensação de cair, me traria de volta a vida ainda mais forte, mas isso não funciona na prática. Farpas e pedras, cálices e vinhos, amores e sonhos, amantes e fogo...veneno e amor. Juntei em uma "caixa" três apenas: amores, cálices e veneno....Porque será!?

A minha vantagem é sempre... a certeza de que meu final é só o meu começo!!
...e é o único vício que me interessa!

Hoje é pra ser diferente!

O brilho fresco da manhã, me trouxe hoje ares que há tempos não me tocavam tão intimamente. A impressão da pele gelada, reforça minhas dúvidas sobre minha vontade de tomar café. E minha substância muda cada vez que sonho com você.
Admirável a sensação que traz à falta, que não é vazio e não é dor , somente expectativa. Afinal, eu esperei tanto tempo, e quis com tanto empenho... e eu ainda não decidi se vou querer café, o recusarei desta vez só para não cair na rotina, só para não inspirar o dia com um pensamento comum e conformista. Minhas roupas estão diferentes, meu cabelo, minha pele e meu humor, sendo assim, talvez não faça sentido algum eu ser todo dia a mesma pessoa...

Menosprezáveis segundos

Eu não posso esperar de palavras, a tradução da vida pela vida... o que era teu você deixou, e o que era meu deixou de ser. Símbolo máximo de tudo aquilo que nunca foi dito...

...Sandálias vermelhas, presilha combinando com o vestido, pedindo licença pra entrar, seguiu adiante aflita, e eu acenei.
Sobreveio-me uma pergunta: por onde andas?

Eu não posso esperar que os minutos sejam implacáveis, porque algumas horas ainda me parecem entediantes...aparece! vem e esquece os menosprezavéis segundos... noites em que as dores de cabeça são realmente enlouquecedoras.

Olha pra cima, sem muita vontade pra responder, fita meus olhos e diz:
- Ando por onde os caminhos não se dissolvem!
Eu:
...Queria poder dizer que é o bastante, mas não é!

A roda

Há alguns anos atrás me entreguei aos mistérios, e o mundo pra mim!? ...não mais que fantasia. Me dei o direito de confiar e acreditar em gnomos , fadas , elfos...
Eu me perdi em escritas, assim como as abelhas se perdem no mel e as folhas se perdem no vento. Eu enlouqueci!
Num mundo de tantas possibilidades a felicidade é apenas uma delas, parece o correto a se pensar, mas está errado!
Eu podia olhar pro sol, mas meus olhos arderiam, viriam minhas dores de cabeça...mas, o mundo girava, girava, a roda subia, a nossa história morria...
Antes amantes do silêncio, amantes que como o tempo sofreram a maior amnésia que envolve a vida... o esquecimento do amor.
Versos gritados, frases repetidas, esperanças compartilhadas....e a roda desceu, e a história?!

Morreu!