Uma porção de Julieta

Dourado ou verde limão, fios que caiam de forma misteriosa, revezavam à atenção de todos.

Eu nunca ví cair uma tarde verde limão, mas eles viram e a descreveram com os pés sujos de lama. Chovia desde às 10 da manhã:

O caminho sempre verde, deixava os passos parecerem mais profundos, isso ficava mais intenso quando chegava o final. Era à procura de paz que perseguia o silêncio, então assim mudava o que era. Se tornava mais claro pra si mesmo.
Ela era uma porção de Julieta, um pouco de amor sem medo, um pouco do fim e do segredo, do veneno trágico, um pouco da passagem marcante, um pouco do conflito do mundo, uma porção de paz para alguém.
E na sua cabeça paírava os pensamentos azuis, também sendo azuis os que não eram tão bons, seu jeito também fazia deles claros, exceto pelo preto, causado pela vontade de fugir e de anular a dor.
Mas, o caminho não era pela lama, e o dia da partida não era para ser chuvoso, e o desejo não partiria de uma vontade estúpida, a decisão neste caso nunca foi e nunca será sua.

Sobre a mesa ainda repousam as amoras colhidas em outras estações, e agora que as ervilhas parecem ter mais gosto, aquele prato pelo que me lembro não estava mais ali.

O seu roteiro sendo narrado de forma tão distante...Distante demais para viver uma tarde verde limão.