12.28.2010

Um é de lua, outro é de sol.

Não há nada como um encontro dos dois lados...são destes que tenho mais medo, pois um não olha nos olhos do outro, não se compreendem em gestos quanto mais em palavras, às vezes agem como se não se conhecessem, se calam e se enfrentam como uma frequência inevitável, e isso piora quando um resolve declarar aos quatro cantos sua independência. Talvez a guerra dos dois nunca tenha fim, tem um lado que grita, o outro reluta, tem um lado que chora, outro que ama.

Enquanto um fica mais forte em cima das decepções do outro, este tenta não perder a calma e acredita que no fim vai prevalecer. E quando um deles cair, como será?

Como será viver na presença de apenas um? e se eles um dia pudessem ser um só? será que é a isso que se dá o nome de felicidade?

Como duas vontades fazem pra viver sob a mesma cabana na beira da estrada?

As piores batalhas são aquelas que travamos dentro de nós mesmos, sendo assim gostaria de declarar uma tregua e me dar o luxo de dizer não com tons de sim, sempre.

3 comments:

L. said...

:)

Raul de Oliveira said...

já percebeu que o reflexo do espelho é o seu oposto direto e também a sua semelhança mais perfeita?

já pensou que dois sóis poderiam queimar-se ou disputar o espaço em um brilho cego para ambos?

ou duas luas, obesas, pesadas e melancólicas?

nada é por acaso, assim como um lado é importante, o outro tem sua faceta importante também. ;-)

think this.

Mih*Salem said...

vc me assusta Raul...ao me interpretar tao bem assim!

bjosss