Para viver

É que eu preciso escrever sobre o tempo que eu perdi andando na direção errada, trilhando caminhos desconhecidos. Tudo aconteceu tão rápido...

Hoje vejo que deixei uma parte de mim sem entender, minha razão me faz voltar. Uma centelha em mim ainda diz que é possível acreditar no amor, e ela é exatamente igual a uma adolescente de 18 anos. Uma outra parte diz que é possível se realizar um sonho, e isso me lembra uma menina de 15 anos. Metade de mim dorme quando deveria acordar, outra acorda quando deveria dormir, isso ainda acontece aos meus vinte e poucos anos.

O tempo que eu perdi vivendo a minha vida me trouxe mais dúvidas do que certezas, mais perguntas que respostas, mais desamores do que amores, mais espaços vazios do que cheios. O tempo que eu ganhei me trouxe mais amigos que inimigos, mais vitórias que derrotas, mais alegrias do que tristezas, mais sabedoria do que conhecimento descartável, tudo cultivado a partir do benefício da dúvida, que aliás, são meu maior tesouro.

Descobri que quem ri também chora de felicidade, e que posso dividir minhas loucuras com alguém e recebê-las de volta na mesma intensidade. Que os gestos mais simples muitas vezes são os mais verdadeiros, e que eu gosto de tudo isso, e não é pouco, nunca foi... e nunca será!