Contos

Os sinos tocaram do alto do morro, as visões dos sonhos coloridos chegaram ao meu quintal, na mão direita um balde azul, no qual guardei as petálas das flores que colhi, na mão esquerda um punhal, velho conhecido da tradição. Eu passei os meus últimos anos, cultivando ervas, cultivando amizades, amores, sonhos e agora que meu punhal está com um fio tão afiado, resolvi escolher esta lua cheia para colocar os pés na terra e colher.
A canção está tocando, vinda dos campos de Afrodite, onde as maças são mais vermelhas de um sabor sempre tão doce, no entanto amarra a boca, em um segredo que não se conta. Rodopio e fico tonta, convido o vento pra dançar, e até onde meus olhos alcançam busco a paz...Quem está aí?